O Porto do Rio de Janeiro está mais bem adequado a receber os grandes navios de cruzeiros, graças a uma dragagem de manutenção feita em toda a extensão do cais do Terminal Internacional do Píer Mauá. A obra, no valor de R$ 8,5 milhões foi feita pela primeira vez com os própios recursos da PortosRio Autoridade Portuária, novo nome fantasia da Companhia Docas do Rio de Janeiro.
Foi a primeira vez que a PortosRio investiu em dragagem com recursos próprios, pois, anteriormente, as dragagens dos portos públicos eram realizadas pelo Governo Federal. O volume dragado, de 116.560m³, segundo a PortosRio, foi descartado em local previamente aprovado pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA).
Antes da dragagem, o Porto do Rio de Janeiro já possuía infraestrutura para receber os transatlânticos, mas, agora com os novos calados operacionais nivelados em toda a extensão do terminal de cruzeiros, é permitida maior simultaneidade nas atracações dos navios de ageiros de grande porte, evitando restrições para essas embarcações na cidade.
Porto do Rio aprofunda os níveis de calado operacionais 67571l
O calado operacional não é o mesmo que profundidade. O calado é a altura da parte do casco do navio que fica submersa. O calado operacional é um limite máximo estabelecido para a segurança, com o objetivo de impedir que as embarcações encostem o fundo do casco no leito, mantendo uma distância segura.
É o que explica o gerente de o Aquaviário do Porto do Rio de Janeiro, Roque Pizarroso. “Antes da dragagem, havia limitações em alguns trechos do terminal de cruzeiros, porque os calados operacionais variavam de 5,3m a 9,5m, o que reduzia o quantitativo de embarcações atracadas simultaneamente ao longo do cais. Depois da dragagem, os calados operacionais foram uniformizados, ando a ter uma menor variação, de 8,9m a 9,6m, o que tornou o cais mais bem aproveitado pelos navios de ageiros, que agora podem atracar, ao mesmo tempo, em toda a sua extensão”, afirma Pizarroso.