Diário do Porto

Lagoa do Açu mostra vestígios jesuítas do século 16 704e52

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No Parque Estadual da Lagoa do Açu, destacam-se 10 marcos deixados pelos jesuítas, com pedras gravadas com cruzes e inscrições (foto: Inea / Divulgação) 1h1n1g

Vestígios das missões religiosas dos jesuítas, realizadas no século 16, ainda são visíveis no Parque Estadual da Lagoa do Açu, no Norte Fluminense. Ali também podem ser vistos, a olho nu, estromatólitos, estruturas compostas por micro-organismos, que estão entre os mais antigos registros de vida na Terra. Isso só ocorre, em outros três lugares no mundo, na Austrália, Bahamas e México. 

O Parque Estadual da Lagoa do Açu, unidade de conservação istrada pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), completou 20 anos nesta semana e está se transformando em local de visitação turística. Com 8,2 mil hectares de Mata Atlântica, o parque abriga uma rica diversidade biológica: extensa vegetação de restinga e 240 espécies de aves, que migram ando pela localidade. O Parque também é muito procurado pelos visitantes para a prática de esportes, como canoagem, stand up paddle e surf.

Próximo da região do Farol de São Thomé, no município de Campos dos Goytacazes, estão os vestígios do ado colonial que ainda resiste. Esta área do parque, que integrava a antiga Capitania Hereditária de São Thomé, foi palco de missões religiosas que visavam catequizar os índios da região, que eram muito organizados e resistentes à invasão europeia.

Entre os 10 marcos deixados pelos jesuítas na Lagoa do Açu, destacam-se as pedras gravadas com cruzes e inscrições, que eram usadas como referência geográfica, delimitação territorial, ou mesmo como forma de evangelização simbólica.

Já a presença dos estromatólitos, é explicada pelo ambiente favorável da Lagoa do Açu, com águas salgadas, que permitem o crescimento de micro-organismos responsáveis pela formação das estruturas, à semelhança dos corais.  

O Parque Estadual da Lagoa do Açu abrange parte dos municípios de Campos dos Goytacazes e São João da Barra, com o objetivo de preservar os ecossistemas de manguezais, restingas, praias, dunas, lagunas, lagoas e áreas úmidas. Entre seus atrativos está a Ponte Maria da Rosa, área bastante frequentada por banhistas e praticantes de caiaque e stand up paddle, pois é de fácil o. Com água em temperatura agradável, o local é cercado por vegetação nativa, possuindo a área de mangue mais preservada do parque.


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