'Ainda Estou Aqui' 105y45 a obra-prima que levou o Brasil ao Oscar | Diário do Porto


Cinema

‘Ainda Estou Aqui’: a obra-prima que levou o Brasil ao Oscar 2r5a1q

25231r

Ainda Estou Aqui, de Walter Salles e com Fernanda Torres, retrata a luta de Eunice Paiva pela verdade na ditadura militar 6h1a

23 de janeiro de 2025

Ainda Estou Aqui ganhou três indicações para o Oscar: melhor filme internacional, melhor atriz (para Fernanda Torres) e melhor filme— Foto: Alile Dara Onawale/Divulgação

Compartilhe essa notícia:


O filme Ainda Estou Aqui, dirigido por Walter Salles, fez história ao ser indicado a três categorias no Oscar 2025: Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, para Fernanda Torres. Esta é a primeira vez que uma produção brasileira recebe uma indicação à categoria principal, consolidando um momento histórico para o cinema nacional.

A obra retrata a vida de Eunice Paiva após o assassinato de seu marido, o deputado Rubens Paiva, durante a ditadura militar brasileira. Com cinco filhos, Eunice enfrenta as adversidades enquanto busca preservar a memória do esposo e lutar por justiça. Inspirada no livro homônimo de Marcelo Rubens Paiva, a obra resgata um dos capítulos mais sombrios da história do país e dá voz à força de uma mulher que se tornou símbolo de resistência.

A história de ‘Ainda Estou Aqui’ m2r3u

Na década de 1970, os Paiva viviam uma rotina aparentemente tranquila em uma casa à beira-mar no Rio de Janeiro, com cinco filhos e um círculo de amigos que frequentava o local. Em janeiro de 1971, Rubens Paiva foi preso sob acusação de envolvimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB). Ele foi levado pela polícia, e sua esposa Eunice e a filha mais velha, Eliana, também foram detidas. Enquanto Eliana foi liberada no dia seguinte, Eunice ou 12 dias presa e Rubens desapareceu.

Ao ser solta, Eunice deu início a uma longa e dolorosa jornada para descobrir o paradeiro do marido. Ao enfrentar o silêncio e a censura do regime militar, ela se tornou uma das maiores ativistas de direitos humanos no Brasil, com papel crucial na elaboração de leis que reconheceram desaparecidos políticos como mortos, ajudando a reparar parte do sofrimento das famílias.

Em 1996, 25 anos após o desaparecimento de Rubens, Eunice conseguiu o atestado de óbito do marido. No entanto, a verdade só veio à tona em 2014, quando um ex-major confessou o assassinato de Rubens Paiva sob tortura. Eunice faleceu em 2018, aos 86 anos, após um período de luta contra alzheimer.

Categoria de Melhor Filme Internacional 6t651i

Além da indicação para Melhor Atriz para Fernanda Torres, Ainda Estou Aqui disputa as categorias de Melhor Filme Internacional, ao lado de “Emília Pérez” (França) e “A Garota da Agulha” (Dinamarca), e Melhor Filme, onde enfrenta produções como “Duna: Parte 2” e “Nickel Boys”.

Em cartaz nos cinemas, a produção é uma coprodução entre Brasil e França e conta com um elenco de peso, incluindo Valentina Herszage, Humberto Carrão e Antonio Saboia. A obra já foi ovacionada em festivais como Veneza, onde ganhou o prêmio de Melhor Roteiro. Agora, representa o Brasil no Oscar 2025, concorrendo nas categorias de Melhor Filme, Melhor Filme Internacional e Melhor Atriz, para Fernanda Torres.

Os brasileiros estão fazendo uma grande campanha nas redes sociais para que Ainda Estou Aqui receba premiações no Oscar. Este é apenas o 14º filme filmado em território brasileiro a ser indicado ao Oscar, o que reforça a relevância da produção nacional no cenário global.


LEIA TAMBÉM: p63f

Maricá vê uso dos ônibus Tarifa Zero crescer entre moradores 6c6t5j

Paes viraliza com vídeo contra caixas de som nas praias 1s125s

Black Circle apresenta Pearl Jam Symphonic no Teatro Riachuelo 26u4s